Amamentação: Solução ou problema?

Não conheço uma mulher que não sonha ou que nunca tenha sonhado em amamentar. É o laço mais lindo entre mães e filhos. Sempre achei mágico saber que meu próprio corpo era capaz de manter meus filhos alimentados e fortes. Mas nem sempre isso é assim, quer dizer, no meu caso, isso NUNCA foi assim.

Amamentei Samuel por quase 3 anos e foi uma lamúria pra tirá lo do peito. Me dava agonia olhar pra meu filho e vê lo cada dia mais magro por causa da dependência que ele tinha do peito. Nesta época, minha mãe morava comigo e fazíamos de tudo para que ele se alimentasse e nada!! Ele simplesmente não comia. Eu trabalhava fora e minha mãe me ligava várias vezes por dia, desesperada, porque ele não colocava um só grão de qualquer coisa que fosse na boca até que eu chegasse, no fim do dia e desse de mamar.

Quando o Miguel nasceu, dez anos depois, eu decidi que com ele seria diferente, afinal o raio não poderia cair duas vezes sobre a mesma cabeça, certo? ERRADO!

Eu tentava de tudo, fazia 2,3 combinações diferentes, para que ele tivesse opções para escolher e NADA. Mais uma vez a mesma história. Eu me sentia tão frustrada. A cada mês, ele mamava mais e mais no peito e simplesmente não comia nada. Quando ele fez um ano, decidimos introduzir o leite complementar na alimentação, na esperança de que isso nos ajudasse a reduzir as mamadas, até que ele saisse de vez do peito. Com o tempo, aquele bebê gorducho e cheio de dobrinhas, foi se tornando numa criança magra e isto me incomodava. O grande problema é que quando uma criança não se alimenta, você acaba achando que é lucro vê lo colocando qualquer coisa que seja na boca, seja um biscoito, um copo de suco ou qualquer coisa inútil que não alimenta, mas "pelo menos enche a barriga".

Depois de um tempo, por volta dos dois anos algo começou a me preocupar, comecei a perceber uns fiozinhos de cabelo caídos na roupa do Miguel. A princípio , achei que fossem os fios que caíam pelo atrito com o travesseiro durante o sono, mas fiquei ainda mais alerta por perceber que os cílios caíam também. Eu confesso, sou uma mãe neurótica, que ao menor sinal corre para o pediatra, mas graças a Deus que minha neurose estava lá pra me fazer entender que algo estava errado com meu filho. A médica disse que isso poderia ser algum tipo de fungo, que era normal na idade dele e tal, mas eu mesmo assim, pedi exames de rotina. Neste meio tempo , cerca de 2 dias antes da consulta para saber do resultado dos exames, decidi seguir uma dica para tirar o Miguel do peito, me ensinaram a passar creme dental sobre os mamilos e me falaram que eu deveria dizer a ele que o peito estava "dodói". Foi neste momento, que percebi que não só eles que viciam no peito, nós , de alguma forma, também viciamos em amamentar. Acho inclusive, que sofri mais do que eles dois na hora de os tirar do peito, porque o Miguel saiu mais fácil do que eu sequer imaginava . Foi tão natural que até me assutou. Não teve choradeira, nem sofrimento.

No dia de pegar o resultado dos exames, sai do consultório em choque, por descobrir que o Miguel estava com anemia. Fui orientada à fazer a medicação e só. Só? Sim ,só. É incrível quando encontramos esse tipo de situação, mas realmente é como se a medicina não fosse mais comprometida com a vida. Neste mesmo dia, levamos ele à dermatologista para ver a questão da queda de cabelo e ela nos explicou que a resposta estava justamente na anemia. Nos disse que quando o organismo está com déficit de alguma substância, ele começa a envia la para as partes do corpo que considera essenciais, e que as menos importantes deixam de a receber, tornando essas partes mais sensíveis. No caso da anemia, as unhas e cabelos tendem a ser tornar mais fracos, por isso, as unhas quebram mais facilmente e os cabelos caem. Me elogiou pela percepção de algo diferente e nos orientou sobre que alimentação fazer e que hábitos termos para que ele ficasse bom o quanto antes.

Queridas, só um conselho: Amamentar é mágico e somos orientadas à fazer isto até os 2 anos de idade do bebê, mas após o primeiro ano, essa alimentação só é complementar, porque nesta fase o leite materno não possui mais fontes nutricionais. O grande problema é que nossos filhos não sabem disso, nós sabemos. Fique atenta a todos os sinais e não hesite em procurar orientação. Se houver recusa na alimentação, busque ajuda médica especializada e comprometida. Seu filho precisa se alimentar para se desenvolver.

Bem...eu vou continuar falando com vocês sobre essa loucura toda com a mudança de hábitos do Miguel e como ele está recebendo isso tudo.

Compartilhem suas experiências comigo!!

Bj bj